A SUBJETIVIDADE NA FORMAÇÃO DO LEITOR LITERÁRIO NO ESPAÇO DO PROGRAMA BALE

Palavras-chave: Formação do leitor, programa BALE, subjetividade, mediação de leitura.

Resumo

Este trabalho tem como foco o estudo do Programa BALE (Biblioteca Ambulante e Literatura nas Escolas) como espaço mobilizador da subjetividade na formação do leitor. O objetivo é identificar os sentidos subjetivos que são mobilizados na atuação dos participantes no que concerne à sua constituição leitora, tendo como base teórica o estudo da subjetividade na perspectiva histórico-cultural. No tocante a metodologia, trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, com suporte nos postulados da Epistemologia Qualitativa, que considera a pesquisa como um espaço dialógico e o conhecimento como um processo construtivo-interpretativo. Com base no pressuposto metodológico apresentado, a construção da informação se deu a partir do uso do questionário aberto. Os resultados preliminares indicam que ao atuarem no Programa BALE, os sujeitos desenvolvem sentidos subjetivos que transformam suas atitudes com relação à leitura e consequentemente despertam e/ou ampliam a atuação como leitores.

Biografia do Autor

Keutre Gláudia da Conceição Soares Bezerra, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
Aluna do Curso de Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Letras, na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Professora do Departamento de Educação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Campus de Pau dos Ferros.
Maria Lúcia Pessoa Sampaio, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
PhD no Laboratoire d’Etudes Romanes, na Équipede Linguistique des Langues Romanes na Université Paris 8, France. Docente do Curso de Doutorado em Letras no Programa de Pós-Graduação em Letras – PPGL, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN.

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Publicado
2020-01-12
Seção
Dossiê Temático