Análise Cognitiva da Política Externa de Lula da Silva (2002 – 2010)
Résumé
Este artigo tem como objetivo analisar a Política Externa do Governo Lula da Silva (2002-2010) utilizando a perspectiva Cognitiva de apreciação. A análise Cognitiva da Política Externa surgiu na década de 70, como conseqüência do movimento Behaviorista que inovou as metodologias das Ciências Sociais acrescentando a variável psicológica. Esse ponto de vista ressalta a importância de examinar os indivíduos envolvidos no processo decisório de política externa, analisando as diferentes visões que estes possuem acerca do contexto político nacional e internacional. Assim, passa-se a considerar variáveis internas, isto é, grupos de interesses e pressão como elementos da diretriz da Política Externa. Destaca-se, nesse ponto, o jogo de dois níveis de Putnam (1988) existindo uma relação direta entre o nível doméstico e a ação do Estado, onde o Governo precisa barganhar com outros Estados (Nível I) e com as diversas forças presentes no cenário político doméstico (Nível II). Desse modo, utilizando os conceitos de “ambiente psicológico”, “ambiente operacional” (Harold e Margaret Sprout, 1957) e “Filtragem de imagem” (Michael Brecher, 1969), esse trabalho contextualizou a Política Externa do Governo Lula no âmbito da variável cognitiva ideológica do partido dos trabalhadores que culminou com uma Política voltada para o fortalecimento dos interesses nacionais, da integração regional sul-americana, dos laços com as economias emergentes, com a liderança regional e com a projeção da imagem do Brasil no exterior.
Publié-e
2013-07-05
Rubrique
Artigos
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