A (SUPOSTA) FALTA DE LEITURA DOS CAMPINENSES: UM DISCURSO NADA NOVO
Resumen
No presente artigo, pretendemos desenvolver uma reflexão sobre a existência ou não de leitores na cidade de Campina Grande-PB. Para discutir razoavelmente este tema, é essencial pensarmos sobre questões como: quem lê? O que lê? Como lê? E onde lê? O caminho escolhido para contribuirmos com as discussões em torno do tema foi o de relacionar essas perguntas a um espaço público de leitura, que existe na cidade de Campina Grande-PB desde 1938: a sua Biblioteca Púbica Municipal.Mas, dentro desse terreno movediço que são as práticas de leitura, especialmente aquelas realizadas em bibliotecas, pretendemos fazer um recorte que nos levará à Campina Grande dos anos 1950 e ao que se dizia nos jornais sobre o assunto. Mais especificamente, retomaremos textos que circularam nos jornais O Momento (setembro/1950), Jornal Formação (outubro/1951 e outubro/1953), O Globo (julho/1952 e agosto/1952), Jornal do Estudante (agosto/1953), e que se dedicaram a discutir se e o que se lia na cidade, sobretudo em sua Biblioteca Pública Municipal. Serão analisados ao todo 06 (seis) textos, com o objetivo de verificar que concepções de leitura e leitores estavam subjacentes a eles, ao mencionarem as práticas desenvolvidas naquele espaço.
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