Assumindo uma postura pedagógica, por séculos, o livro infantil trouxe lições moralizantes que se constituíram em um meio eficaz para instaurar e mensurar condutas e modelos. Perante essa visão, a escola assumiu a interpretação errônea de que a literatura infantil deveria ser objeto de estudo antes de ser objeto de experiência pessoal e intransferível. Nesse contexto, sob a perspectiva teórica sócio-cognitiva, trazemos o recorte de uma pesquisa de mestrado em andamento, que pretende verificar convergências e unicidades entre literatura infantil e escola, respondendo a seguinte questão: Há espaço para as narrativas literárias na escola de educação infantil? Ao discutir esse assunto, pretendemos fomentar debates a respeito da educação pela literatura, que rivaliza com a educação para a literatura, superando dicotomias.