ME LLAMO RIGOBERTA MENCHÚ Y ASÍ ME NACIÓ LA CONCIENCIA E EXCLUSÃO SOCIAL: A LÍNGUA ESPANHOLA COMO DISPOSITIVO DE PODER

  • Fernando Zolin-Vesz Doutor em Letras e Linguística. Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
  • Sandra Leite dos Santos Mestre em Estudos de Linguagem. Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (SEDUC-MT)

Resumen

Neste artigo, investigamos, por meio da obra Me llamo Rigoberta Menchú y así me nació la conciencia, de Elizabeth Burgos, publicada em 1985, a atuação da língua espanhola como dispositivo de poder que conduz à exclusão social das comunidades indígenas na Guatemala. O referencial teórico baliza-se no contexto sócio-histórico guatemalteco, no que se refere à herança linguístico-colonial do país, apoiado em Böckler (2001), Böckler e Herbert (2002), Castillo, Paz e Quemé (2005), e Prenafeta (2014), em diálogo com os conceitos de dispositivo e relações de poder (FOUCAULT, 2012; MACHADO, 2012). Os resultados apontam para a língua espanhola como um dispositivo de poder que define quem está incluído/excluído socialmente, contribuindo, assim, para que muitas comunidades indígenas se situem à margem da sociedade guatemalteca.

Citas

BEVERLEY, J. Subalternidad y testimonio: en diálogo con Me llamo Rigoberta Menchú y así me nació la conciencia, de Elizabeth Burgos (con Rigoberta Menchú). Nueva Sociedad, n. 238, 2012, p. 102-113.

BÖCKLER, C. G. Ri okel nqetamaj pa Iximulew. Cuando se quiebran los silencios. Lo que todos debemos saber de la historia de Guatemala. Ciudad de Guatemala: Cholsamaj, 2001.

BÖCKLER, C. G.; HERBERT, J. L. Guatemala: una interpretación histórico-social. Ciudad de Guatemala: Cholsamaj, 2002.

BURGOS, E. Me llamo Rigoberta Menchú y así me nació la conciencia. Ciudad del México: Siglo XXI, 2011. 20a. reimp.

CASTILLO, E. G.; PAZ, M. C.; QUEMÉ, J. C. Libro de texto universitario sobre historia de Guatemala: época Colonial, 1524-1821. PROGRAMA: Programa Universitario de investigación en Historia de Guatemala. Universidad de San Carlos de Guatemala, 2005.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Tradução Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 2012.

MACHADO, R. Por uma genealogia do poder. In: FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Tradução Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 2012, p. 7-23.

PRENAFETA, I. S. Guatemala: senda maya. Barcelona: Laertes, 2014.

ZOLIN-VESZ, F.; SANTOS, S.L. Possibilidades para a inclusão de literatura (não canônica) no ensino médio: Me llamo Rigoberta Menchú y así me nació la conciencia na sala de aula. Signo, v. 43, n. 78, 2018, p. 123-130.

Publicado
2019-06-04