DICK SILVA NO MUNDO INTERMEDIÁRIO: A EXPERIÊNCIA DE MORTE NA NARRATIVA JUVENIL

  • Aline Barbosa Almeida Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP
  • João Luís Cardoso Tápias Ceccantini Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)

Résumé

A morte é uma experiência com diversas conotações, transpondo-a para o campo literário seu significa amplia e transcende nossa ideia de realidade, causando um estranhamento e nos permitindo vivenciá-la a partir de outros contextos. Nesse sentido, pretendemos abordar a temática da morte como elemento fruidor do romance juvenil Dick Silva no mundo intermediário (2016) do escritor gaúcho Luís Dill a partir de concepções estéticas da cultura de massa. Assim, temos como aporte teórico as ideologias de Adorno e Horkheimer (2002) quando se refere à “barbárie estilizada”; Macdonal (1971) sobre a ideia de alienação e homogeneização do público leitor; Morin (1977) no que diz respeito à integração da cultura de massa, Eco (2001) sobre os desafios estéticos que a cultura mass media representa nas produções literárias juvenis e Candido (1999) apropriando-se da Literatura como ferramenta indispensável para a formação humana.

Bibliographies de l'auteur-e

Aline Barbosa Almeida, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP
Possui graduação em Licenciatura Plena em Letras - Língua Portuguesa pela Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL - 2012) , especialização em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira pela Universidade Candido Mendes (UCAM/RJ - 2013). Mestre em Linguagem e Ensino, na linha de pesquisa Literatura e Ensino pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG - 2015). Atualmente iniciou os estudos em nível de Doutorado na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)na linha de pesquisa Literatura e Vida Social. Faz parte do Grupo de Estudo das Narrativas Alagoanas (GENA) como voluntária desde 2010. Objeto de Estudo: recepção de romances, teoria do efeito estético, literatura juvenil, romance contemporâneo. Atualmente tem se detido aos estudos críticos da narrativa juvenil, os estudos literários no contexto da cultura industrial, crítica e história da literatura.
João Luís Cardoso Tápias Ceccantini, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)
Graduado em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP/ Faculdade de Ciências e Letras de Assis (1987), onde também realizou seu mestrado (1993) e doutorado em Letras (2000). Atualmente é professor assistente doutor da UNESP, instituição em que trabalha desde 1988. Atua junto à Disciplina de Literatura Brasileira, desenvolvendo pesquisa principalmente nos seguintes temas: literatura infantil e juvenil, leitura, formação de leitores, literatura e ensino, Monteiro Lobato e literatura brasileira contemporânea de um modo geral. É coordenador do Grupo de Pesquisa "Leitura e Literatura na Escola", que congrega professores de diversas Universidades do país. Foi coordenador do Grupo de Trabalho da ANPOLL "Leitura e Literatura Infantil e Juvenil". É votante da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ. Tem realizado diversos projetos de pesquisa aplicada, voltados à formação de leitores e ao aperfeiçoamento de professores no contexto do Ensino Fundamental. Nos últimos anos, também tem desenvolvido alguns projetos para a Editora UNESP.

Références

BENJAMIN, W. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. 1955. In.: ADORNO et al. Teoria da cultura de massa. Comentários e seleção de Luiz Costa Lima. São Paulo: Paz e Terra, 2000. p. 221-254.

CANDIDO, Antonio. O escritor e público/Crítica e sociologia. In.: ______. Literatura e sociedade. 9 ed. São Paulo: Editora Nacional, 1980.

DEVES, Maristela S. Entrevista com Luís Dill. 2011. In.: Revista Samizdat. Disponível em: < http://www.revistasamizdat.com/2009/09/entrevista-com-luis-dill.html#comment-form>. Acesso em 05 de jan. de 2016.

DILL, Luís. Dick Silva – no mundo intermediário. São Paulo: Editora Pulo do Gato, 2016.

ECO, Umberto. Cultura de massa e níveis de cultura. In.: ______. Apocalípticos e integrados. 6 ed. São Paulo: Perspectiva, 2001. p. 33-67.

______. Pós-escrito a Nome da Rosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. p. 07-66.

HORKHEIMER, Max; ADORNO, Theodor. A indústria cultural: o iluminismo como mistificação de massas. In. LIMA, Luiz Costa. Teoria da cultura de massa. São Paulo: Paz e Terra, 2002. p. 169-214.

LANGLADE, Gérard. O Sujeito leitor, autor da singularidade da obra. Trad. Rita Jover-Faleiros. In: ROXEL, Annie; LANGLADE, Gérard; REZENDE, Neide Luzia de. Leitura subjetiva e ensino de literatura. São Paulo: Alameda, 2013.

MACDONALD, Dwight. Massicultura e Medicultura. In: ECO, Umberto et al. A indústria da cultura. Lisboa: Meridiano; 1971, p. 67-149.

MARTHA, Alice Áurea Penteado. O insólito como efeito discursivo. In.: CECCANTINI, João Luís; VALENTE, Thiago Alves. Narrativas juvenis e mediações de leitura. São Paulo: Cultura Acadêmica; SP: ANEP, 2015.

MORIN, Edgar. A integração cultural. In.: ______. Cultura de massas no século XX: o espírito do tempo V. I. Neurose. 4 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1977. p. 11-85.

______. O cinema ou o homem imaginário. Lisboa: Relógio D´Água, 1997.

REDE ARTÍSTAS GAÚCHOS. Luís Dill. 2015. Disponível em: < http://www.luisdill.com.br/>. Acesso em 10 de jan. de 2016.

THOMPSON, John B. Introdução. In.: ______. Mercadores de cultura. São Paulo: Editora Unesp, 2013. p. 07-32.

VILLAS BOAS & MOSS. Luís Dill. 2016. Disponível em: < http://vbmlitag.com.br/index.php/project/luis-dill/>. Acesso em 20 jan. 2016.

Publié-e
2018-12-31