VIAGENS NA MINHA TERRA E PETER PAN: A AUTOTEORIZAÇÃO LITERÁRIA E SUAS RELAÇÕES COM O ENSINO
Résumé
Partindo do pressuposto de que o principal conflito no ensino de Literatura no Ensino Médio é o grande enfoque na história da literatura, viu-se a necessidade de pensar o texto literário como protagonista. Entende-se que a abordagem exclusiva da história da literatura diminui a aparição do texto literário nas aulas, o que faz com que os alunos não tenham contato com o objeto de estudo da disciplina de Literatura, a obra literária. Com o intuito de colocar teoria e literatura lado a lado, optou-se por articular o mecanismo de autoteorização. Esse mecanismo visa abordar a teoria a partir das próprias obras literárias. Para explorá-lo foram selecionadas as obras Viagens na minha terra, de Almeida Garrett, e Peter Pan, de James Barrie. Como resultado das reflexões, será discutido de que forma a autoteorização literária contribui com o ensino de literatura no Ensino Médio. Serão utilizados: Culler; Volobuef; Jouve; e as OCEM.
Références
BARRIE, J. M. Peter Pan. Tradução de Julia Romeu. 1ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
BRASIL. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Orientações curriculares para o Ensino Médio, vol. 1. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006.
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GARRETT, A. Viagens na minha terra. Edição dirigida e apresentada por Antônio Soares Amora. Rio de Janeiro: Ediouro; São Paulo: Publifolha, 1997.
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MOISÉS, M. Dicionário de termos literários. 12. ed. - São Paulo: Editora Cultrix, 2004.
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VOLOBUEF, K. Ironia romântica. In: Frestas e arestas. A prosa de ficção do romantismo na Alemanha e no Brasil. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999, p. 90-99.