PODE A LITERATURA LATINO-AMERICANA NOS ENSINAR A RESPEITAR OS IMIGRANTES?
Resumo
O presente ensaio apresenta uma discussão sobre os interstícios entre literatura e imigração. Para tanto, nossas problematizações consideram as especificidades da América Latina como um espaço em conflito que ilustra os trânsitos territoriais de povos fronteiriços na contemporaneidade. Dando importância a uma série de eventos recentes, que enfatizam a complexidade da imigração, através da violação dos direitos humanos de imigrantes de diversos países, propomos uma reflexão sobre a seguinte pergunta norteadora: Pode a literatura latino-americana nos ensinar a respeitar o outro? A partir desta indagação, analisaremos dois poemas não-canônicos sobre a experiência do imigrante em terras estranhas, ressaltando a importância do acesso e, por consequência, da leitura de literatura em espaços diversos, como objeto que nos permite conhecer a nossa própria história e nos humanizar. Quanto à fundamentação teórica, dialogamos, sobretudo, com textos de Antonio Candido (2004), Regina Dalcastagnè (2012; 2018) e Marcia Tiburi (2018).
Referências
CASARA, R. S. Apresentação. In: TIBURI, M. Como conversar com um fascista. Rio de Janeiro: Record, 2018.
CANDIDO, A. O direito à literatura. In: Vários escritos. São Paulo; Rio de Janeiro: Duas cidades; Ouro sobre azul, 2004.
DALCASTAGNÈ, R. Literatura brasileira contemporânea: um território contestado. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012.
_____. O que o golpe quer calar: literatura e política no Brasil hoje. In: Anuário de literatura (UFSC), 2018. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2018v23n2p13> Acesso em: 16 de janeiro de 2019.
FUKS, J. A resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
TIBURI, M. Como conversar com um fascista. Rio de Janeiro: Record, 2018.