A INFLUÊNCIA DO TIPO FONOTÁTICO NA EMERGÊNCIA DAS VIBRANTES DO ESPANHOL SOB UMA VISÃO DO SISTEMA ADAPTATIVO COMPLEXO
Abstract
Visando analisar a emergência das vibrantes na aquisição da interfonologia do espanhol como língua estrangeira de professores brasileiros de espanhol, partimos da seguinte problemática: de que maneira emerge a interfonologia das vibrantes envolvendo o Português Brasileiro e o Espanhol como Língua Estrangeira de professores brasileiros de espanhol? Temos por hipótese básica que a interfonologia das vibrantes de professores brasileiros de espanhol emergem de modo distinto dependendo do tipo fonotático. Baseamo-nos, teoricamente, em autores como Larsen-Freeman (1997) e Beckner et al. (2009) que tratam a língua como Sistema Adaptativo Complexo. Para a realização da pesquisa, utilizamos uma metodologia experimental de corte transversal e tivemos como corpus de análise a gravação de docentes de espanhol da rede estadual e de cursos livres. Os resultados indicaram que existe competição entre os atratores associados às realizações fricativa e vibrante múltipla. Além disso, a variável tipo fonotático é relevante na construção da interfonologia dos róticos.
References
BARBOZA, Clerton Luiz. Efeitos da palatalização das oclusivas alveolares do português brasileiro no percurso de construção da fonologia do inglês língua estrangeira. 2013. 165f. Tese (Doutorado em Linguística) – Curso de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2013.
BECKNER, et al. Language is a complex adaptive system: position paper. Language Learning, Michigan, v. 51, n. 1, p.1-26, Dec. 2009.
BOERSMA, Paul, WEENIK, David. Praat: doing phonetics by computer. Version 5.1.43. Disponível em: http://www.praat.org. 2012.
BRISOLARA, Luciene; SEMINO, Maria. ¿Cómo pronunciar el español? La enseñanza de la fonética y la fonología para brasileños: Ejercicios prácticos. Campinas: Pontes Editores. 2014.
BYBEE, Joan. Language, usage and cognition. Nova York: Cambridge. 2010.
CARVALHO, Kelly Cristiane. Descrição fonético-acústica das vibrantes no português e no espanhol. 2004. 213f. Tese (Doutorado em Letras) – Curso de Pós-Graduação em Letras, Universidade Estadual Paulista, Assis, 2004.
GOMES, Aline Silva. A vibrante múltipla espanhola em aprendentes de Espanhol como língua estrangeira na Bahia e em São Paulo: uma abordagem sociolinguística. 2013. 125f. Dissertação (Mestrado em Estudo de Linguagens) – Curso de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens, Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2013.
LARSEN-FREEMAN, Diana. Chaos/complexity science and second language acquisition. Applied Linguistics, Oxford, p. 141-165. Jun. 1997.
______; CAMERON, Lynne. Complex systems and applied linguistics. Oxford: Oxford University Press, 2008.
LEFFA, Vilson José. ReVEL na Escola: Ensinando a língua como um sistema adaptativo complexo. ReVEL, v. 14, n. 27, 2016 [www.revel.inf.br].
MILAN, P.; DEITOS, G. A vibrante múltipla do espanhol produzida por um falante como L1 e outro falante como L2. Paraná: Revista X, v. 1, p. 47-66, 2016.
OLIVEIRA, Carolina Cardoso. Aquisição das consoantes róticas no português brasileiro e no espanhol: um estudo comparativo. 2006. 175f. Tese (Doutorado em Letras) – Curso de Pós-Graduação em Letras, Pontifícia Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006.
SILVA, Kátia Cilene. Ensino-Aprendizagem do espanhol: O uso interlinguístico das vibrantes. 2007. 161f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Curso de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2007.